09/03/2015
Há muito tempo que andava para pesquisar informação sobre este tema, que é realmente muito útil para sabermos ao certo como nos alimentamos.
Como a troca e partilha de informação tem sido fabulosa desde o dia em quelancei o blog, recebi recentemente um email com uns anexos maravilhosos, onde encontrei, entre muitos outros assuntos interessantes, uma explicação bem simples sobre ao que devemos ter em atenção quando olhamospara um rótulo.
Importante saber se antemão que quanto mais sugestivas são as embalagens, a cor, as imagens, o design,
maior atenção devemos prestar aos rótulos.
Conseguir ter uma alimentação mais saudável, não consumir ingredientes
que não podemos ou queremos, saber a origem do produto, escolher o que
pretendemos e fazer compras mais económicas são apenas algumas das vantagens
que retiramos ao saber ler os rótulos dos alimentos embalados.
1ª Dica: Os ingredientes são
apresentados por ordem de quantidade a começar no mais abundante.
Exemplo: Nas embalagens de manteiga normal em primeiro lugar vem a
gordura (contém 80%) mas nas da manteiga magra em primeiro lugar, logo em maior
quantidade, vem a água. Tem só 41% de gordura.
2ª Dica: Quando um ingrediente
vem citado em letras e sugestivas imagens na embalagem, o fabricante tem de
especificar a percentagem desse ingrediente nos rótulos de composição.
Exemplo: Garrafa de sumo colorido, cuja designação é “Light Equilíbrio _ Manga Laranja”:
Interpretação: De sumo de manga
tem 21% e laranja 19%, mas proveniente de concentrado. Tem adoçantes artificiais
(edulcorantes), os aromas são adicionados e a cor também. O antioxidante, que
aumenta a longevidade dos produtos, prevenindo a oxidação, advém do ácido
ascórbico e do ácido cítrico.
É bom fazer as contas e verificar se não vale a pena optar por uma manga
e um sumo de laranja natural.
3ª Dica: Aditivos Alimentares =
E maiúsculo seguido de um número com três algarismos.
Os aditivos alimentares não são alimentos. São substâncias, que pode ou
não ter valor nutritivo, adicionadas intencionalmente durante o processo de
fabrico, transformação, preparação, tratamento acondicionamento, transporte ou
armazenamento de um produto alimentar, não são normalmente consumidos
isoladamente como alimentos, nem utilizados como ingredientes típicos dos
alimentos.
A utilização de aditivos alimentares na produção dos alimentos é
controlada e avaliada por instituição científicas competentes sem a qual os
aditivos não seriam autorizados para uso alimentar. Passando os testes de
segurança fica aprovado para ser utilizado em toda a EU.
Podemos assim agrupar o E maiúsculo seguido de 3 algarismos, nos
seguintes intervalos:
– E100-E180 Corantes (Caramelo E150a)
São utilizados para substituir a cor natural, perdida durante a
transformação ou o armazenamento dos alimentos.
Exemplo: Caramelo (E150a), utilizada em produtos como molhos e bebidas
sem álcool.
– E200-290 Conservantes (Dióxido de Enxofre E220)
Ajudam a evitar que os alimentos se deteriorem. A maioria dos alimentos
com longa duração de conservação inclui conservantes, a menos que tenha
recorrido a outro método de conservação como congelação, conserva ou secagem.
Exemplo: os frutos secos são frequentemente tratados com dióxido de
enxofre (E220) para impedir o desenvolvimento de bolor ou bactérias.
– E300-321 Antioxidantes (Vitamina C E300)
Aumenta a longevidade dos produtos, ajudando a impedir que matérias
gordas, os óleos e certas vitaminas se combinem com o oxigénio do ar. Evitam assim
que se desenvolva o processo de oxidação que provoca o aparecimento de ranço e
a perda de cor em produtos.
Exemplo: vitamina C, também designada por ácido ascórbico ou E300.
– E322-494 Emulsionantes (E322),
estabilizadores, gelificantes (E440) e espessantes
Os emulsionantes, como as lecitinas (E322) propiciam a mistura de
ingredientes que, normalmente, se separariam, como o óleo e a água.
Os estabilizantes ajudam a impedir que os ingredientes cominados se
voltem a separar.
O gelificante, como a pectina (E440) é muito utilizado no fabrico das
compotas.
Os espessantes, muito comum nos iogurtes sólidos, ajudam a dar mais
corpo ao alimento, do mesmo modo que a adição de farinha faz engrossar um
molho.
Outros:
– Intensificador de sabor: salientam
o sabor dos alimentos salgados e doces sem alteração do sabor próprio.
Exemplo: glumato de monossódio (E621), utilizado em alimentos
transformados como sopas, molhos e enchidos.
– Edulcorantes: substituem
muitas vezes o açúcar em produtos como bebidas gasosas, iogurtes e pastilhas
elásticas.
Exemplos: aspartane (E951), sacarina (E954), acessulfamo K (E950) e
sorbitol (E420)
4ª Dica: Código de Barras
Se pretender saber se o produto foi produzido e embalado em Portugal
verifique se o código de barras começa com 560.
Podemos concluir que quanto melhor soubemos ler rótulos, maior a probabilidade de termos uma alimentação saudável.
It’s Up to You
Raquel
Notas:
– A rotulagem é regulamentada por lei, Directivas comunitárias nº
97/4/CE e nº1999/10/CE e o Decreto Lei nº 560/99 – de 18 de Dezembro.
– A informação aqui descrita teve como documentação de apoio um white
paper da autora MJLobo.