Quando a “experiência” se vira contra nós!

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Pois é, ao contrário do que era suposto, a terceira meia maratona foi a que mais me custou de todas (também não foram muitas…).

Quando falo em experiência é no sentido de termos a vantagem de sabermos para o que vamos, quando a objetivo deixa de ser única e exclusivamente chegar ao fim sem parar de correr, passando a existir um novo fator, o objetivo de tempo, quando comparado com os anteriores.

Conforme referido no post anterior, o meu objetivo para esta prova era terminar em menos de 2h. Apesar de todos os avisos e recomendações e de ter lido posts que escrevi no passado coincidirem no fato da primeira metade da prova dever ser feita em velocidade moderada ou mesmo lenta, na realidade e apesar de achar que ia em modo jogging, fiz um tempo absurdamente rápido para o meu habitual, nos primeiros 7km.

Aos 14km comecei a pagar a fatura e penei até ao final. Com altos e baixo, ou melhor, com médios e baixos profundos, chegando ao ponto de pensar em desistir, de me questionar sobre o que estava ali a fazer, pensava que que se acabasse esta meia maratona ia ser a última, que nem pensar em fazer maratonas, e em oposição, dizia para dentro “eu consigo”, “eu vou acabar isto”, “se os que estão à minha volta estão a fazê-lo que desculpa tenho eu para não ser capaz”, e por aí em diante.

Estou grata pelas palavras de motivação que fui ouvindo sempre que abrandava drasticamente o ritmo e foi também graças a isso que consegui cumprir o objetivo de ficar abaixo das 2h (prova realizada em 1’55” com um ritmo médio de 5’30’).

Apenas a um quilómetro da meta tive real noção que ia conseguir terminar a prova dentro do objetivo, até lá questionava-me se não iria começar a andar, e lá se ia o tempo.

Conclusão, sofri na pele não ter conseguido controlar a velocidade durante a primeira parte da prova e, como não há melhor ensinamento do que aquele que nos faz sofrer, acredito que esta experiência foi uma importante e fundamental aprendizagem para quem, apesar de tudo, ainda não desistiu de fazer uma maratona.

Agora é altura de recuperar que o dia foi longo!

Próxima prova? It’s (always) Up to You J!

Raquel