Yoga, corrida e alimentação – como se complementam?


Escrever um post durante as férias dá nisto. Sempre que volto ao que deixei por terminar, regresso com muito mais informação, da prática, leituras e partilhas que vou tendo tanto de contactos pessoais, como nas redes sociais. Vou terminá-lo a pensar que terei muitas mais oportunidades para escrever sobre yoga.

Há cerca de um ano atrás, quando recuperava de uma lesão, a minha fisioterapeuta alertou-me para o fato da prática de yoga ser um excelente complemento ao treino de corrida, no meu caso, por ajudar na estabilização da zona abdominal, bacia e sacroíliaca, zonas lesionadas, ao treinarmos a flexibilidade, agilidade, força, coordenação motora, aumento e maior controlo da capacidade respiratória.

Assim como a alimentação, o exercício fisico deve ser variado e completar, para ajudar na recuperação muscular.

Se tinha algum receio com o yoga, a motivaçao da fisioterapeuta aliada à necessidade de praticar algo mais introspectivo e tranquilizante foram os impulsos certos para abraçar o desafio este verão.

Até aqui a minha relação com o yoga foi completamente espontânea em que pratiquei sempre quando fui desafiada ou desafiei alguém, estas férias passou uma atividade fisica organizada e com grande foco, ao me comprometer com um pacote de seis aulas para ser usado até ao final do mês de Agosto, na Casa do Páteo. Duas vezes por semana já é um bom começo.

Como as aulas têm sido logo pela manhã, tenho-as feito em jejum. Ao regressar a Lisboa e às rotinas familiares, sei que nem sempre será assim e a pensar na preparação da rentrée fui pesquisar um pouco sobre quais os alimentos que fazem mais sentido ingerir antes da prática de yoga.

Primeiro, sabendo de antemão que o sistema digestido e o metabolismo variam de pessoa para pessoa, é preciso percebermos quais os alimentos que digerimos melhor.

Segundo, há que ter em conta que quando falamos em alimentação associada a este tipo de modalidade temos de ter atenção acrescida ao efeito dos alimentos ao nível de bem-estar emocional e energia que transmitem.

Assim, o Yoga distingue a alimentação em alimentos sattvicos (sttava – equilibrio e mente), rajasicos (rajas – atividade e movimento) com efeito estimulante, e tamasicos (tamas – inércia e escuridão), associado a um efeito depressivo.

No meio de tudo isto fiquei feliz ao perceber que os sumos de fruta e vegetais são uma boa opção, para tomar uma hora antes da prática de Yoga, por serem fáceis de digerir para quem está habituado a tomá-los, como é o meu caso, e por os ingredientes pertencerem ao grupo de alimentos sattvicos, que têm um efeito purificante e relaxante.

Terceiro, nunca esquecer que devemos alimentarmos certa de 1h antes de fazermos exercício físico mas, como em tudo na vida, esta regra deve adaptar-se ao metabolismo de cada um e à quantidade de alimentos ingeridos. Se comermos algo leve e sentirmos que ao fim de meia hora estamos prontos para treinar e nos sentimos bem no final do treino, a regra para esse tipo de alimento passa a ser essa. Nada como a própria experiência para chegarmos às melhores conclusões.

Por fim, as gorduras (lípidos) devem ser evitadas antes da atividade física por serem mais difíceis de digerir e desfocarem as energias para onde as queremos dirigir e as proteínas, que têm uma função essencialmente plástica (reparação dos tecidos) pouco contribui no aporte energético para o trabalho muscular.

Aceito sugestões de locais em Lisboa para a prática de Ashtanga Yoga, para no meu regresso pós-férias incluir no meu plano de treinos para a Maratona de Valência, que vai começar em força no início de Setembro.

It’s Up to You!

Raquel