Bilbao Night Marathon – Parte I

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Faz hoje uma semana que acordei com o corpo dorido, mas com a ótima sensação de dever cumprido. Foi assim em Bilbao.

Tudo começou há mais ou menos um ano quando uma amiga, a viver em Sevilha, me falou desta maratona à noite, ao enviar-me o link da prova a perguntar o que eu achava de irmos passar um fim-de-semana em Bilbao. Pareceu-me logo o programa perfeito, conhecer Bilbao, que já era um destino desejado há muito, e juntar a isso uma nova experiência fora de Portugal e a correr à noite, pareceu-me perfeito.

A primeira intenção, e a um ano de distância, foi ir a Bilbao fazer a primeira maratona. A cinco meses da prova, em Maio de 2016, altura em que tratei da inscrição e voos, o objetivo mantinha-se. Nessa altura comecei a treinar com a Clinica Athletika, conforme fui partilhando aqui no blog, quando depois dos exames médicos feitos e da confirmação de que estava tudo bem, começo a treinar e as lesões a aparecer, ao ponto de me limitarem os treinos entre Maio e Agosto. O que me fez logo pensar que tinha sido preciso fazer tudo certinho, “by the book” para todos os problemas começarem a surgir.

Em Agosto depois de várias fisioterapias, massagens, alongamentos, corridas moderadas, etc…, recebo um email de quem acompanhava o meu dilema, a dizer-me, se queres mesmo fazer a maratona em Outubro, vai ao Ernesto Ferreira do Gabinete de Fisioterapia no Desporto. E bem-mandada que sou, lá fui eu.

Após dois tratamentos invasivos de trigger points (dor relacionada com um ponto discreto e irritável no músculo-esquelético ou fáscia, cuja causa não é relacionada com trauma local agudo, inflamação, degeneração, neoplasma ou infecção) e de um trabalho de casa cumprindo à risca, alongamentos específicos diários, fiquei pronta para começar a treinar “a sério”.

Mas, apesar do problema parecer resolvido, o que me mais me preocupava era não saber o que tinha originado a lesão no sacroilíaco e músculos adutores, porque só sabendo a causa é que poderia prevenir lesões futuras. E foi quando na segunda consulta com o Ernesto Ferreira quando lhe mostrei os ténis que estava a usar, Ultra Boost da Adidas, que me foi explicado que para a minha passada não eram os mais indicados e que a origem de “todos os meus problemas” devia estar centrada nos ténis. Informação essa que bateu certo com a altura em que os comecei a usar em corridas mais longas e o surgimento dos problemas.

Compra de novos ténis, os New Balance Zanté, novo plano de treinos para cumprir, alongamento e reforço muscular para fazer e a notícia, no início de Setembro, que já não havia tempo suficiente para treinar para uma maratona a acontecer em menos de dois meses.

Tudo bem! Mudança de “mindset”, marcação de nova data para a primeira maratona, passando a de Bilbao, para uma meia maratona enquadrada no plano de treinos para a maratona a ser feita em 2017 (pensamento positivo ”até gosto mais do número 7” :-)).

Cumprido 90% do plano de treinos, apareceram umas dores de última hora, agora no lado oposto à dor inicial, resolvida com mais um tratamento invasivo “trigger points” no início da semana da meia maratona e tudo pronto para a prova.

Dos conselhos aqui partilhados acho que só não cumpri com o ponto 9, impossível quando se está noutro país, com gastronomia e hábitos alimentares diferentes. Ah, e houve outro pequeno risco que decidi correr durante a prova, que contarei na Parte II, desta primeira experiência de correr lá fora.

It’s Up to You!

Raquel

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